De forma prática só se tem valor comida, o que dá prazer diretamente, um teto, etc… necessidades biológicas. O resto o que dá valor é a sociedade e quem mais aceita pagar por aquilo.
Isso me fez lembras das mulheres que "vendem seu corpo", uma profissão milenar que nunca sai de moda por mais repudiada que seja pela população em geral. Só não existe em países onde a crença oprime totalmente essa prática, e ainda assim acredito que ela deva ocorrer.
Enfim, necessidades biológicas como você bem falou.
Por que tem gente pagando caro em relógio? Ou carro de luxo? Nada disso tem valor biológico para valer tanto, mas ainda assim pessoas pagam milhões num item cuja matéria prima custa milhares de vezes menos.
Igual arte ou NFTs, a sociedade que dá valor as coisas. Pinturas de Van Gogh e Picasso só tem valor alto por conta da raridade, da cultura. Tem que aceitar que as coisas tem valor além do “óbvio” da natureza.
Eu sendo um bilionário do BTC, supondo me tornar alheio a prioridade de ajudar pessoas, também gastaria um “troco” em algo como o primeiro satoshi de um momento especial. Agora gastar minhas finanças, não.
Sobre isso, oque difere a comida de um NFT quando se fala de "necessidade biológica".
Satisfazer o desejo, o prazer da mente, mesmo que seja apenas o fato de alimentar o ego de alguém não é também uma necessidade biológica?
Muitas pessoas que vivem nessas bolhas certamente ficariam doentes caso perdessem toda a riqueza e poder que possuem, o seu corpo iria definhar por terem uma mentalidade tão focada naquilo que antes lhe dava prazer.
Enfim, tenho aprendido que os valores das coisas é algo muito subjetivo. Em quanto muitos ainda tentam sobreviver em busca de comida, outros consideram um relógio como algo mais precioso do que aquilo que colocam para dentro da boca. Parece até que não somos mais as mesmas pessoas.