Contratos escritos no papel e registrados em cartório também não conferem se vc entregou o carro que vendeu. O que eles conferem é se você é realmente  dono do carro e se está com todos os documentos necessários para que a venda seja feita, de acordo com a lei.

Smart contracts também não verificam se vc realmente entregou o carro. Eles só validam (se for o caso) se vc não tentou vender o mesmo carro duas vezes, se vc realmente é dono dele, etc. E só validam isso se essa informação estiver disponivel na blockchain. Se vc registrou um carro na blockchain, você pode usar um smart contract para vendê-lo. Se registrou apenas em papel (no cartório ou detran, ou orgao semelhante do seu pais) o smart contract também não pode te ajudar.
Outra coisa importante, o uso de smart contracts como "contrato de compra e venda" é bem limitado. Eles são úteis para outros tipos de contratos, onde há um controle de diversas etapas que podem ser realizados de forma eletronica (contratos de distribuição de fundos em um investimento cooperativo, por exemplo, ou contratos de distribuição de lucros de um empreendimento), contratos de fixação preços para vendas de mercado futuro (ou mesmo para bolsas de apostas)

Pensar num "smart contract" como um "contrato de compra e venda" não faz muito sentido. Não foi pra isso que eles foram criados.

Contratos escritos no papel e registrados em cartório também não conferem se vc entregou o carro que vendeu.

A falta de procedimentos simples para máxima segurança para mim ainda é a maior "pedra no sapato" que as cryptomoedas têm.
Tenho lido sobre roubos de cryptomoedas e até fixo arrepiado com os testemunhos.
Da noite para o dia passa de alguém "abastado" eletronicamente para "pé rapado"...
O sistema tem de levar uma correção que não permita aos hackers sairem a rir e muito ricos destas situações.