Será que o "modelo económico" está a mudar?

[joker_josue]

O economista português António Horta Osório, que já fez parte da adminstração do Goldman Sachs, o Lloyds e do Santander, comentou recente relativamente a subidas das taxas de juros, que o que está em causa já nem é essa subida, mas sim o sistema em si:

Agora "estamos claramente num período de inversão, em que as taxas de juro, devido à inflação, estão num ciclo ascendente. E acho que a questão é a intensidade desse ciclo e não direção desse ciclo".

Esta realidade, assegura, "é um modelo complemente diferente" do que tivemos no passado recente e vai implicar "maiores custos de capital e mais dificuldades de financiamento. O meu conselho seria ter maior prudência para o futuro do que em relação ao passado" — até porque, a seu ver, "este problema da inflação não é temporário, como andaram os bancos centrais a tentar convencer-nos durante meses".

Aconselhando prudência no consumo e tentar reduzir a exposição ao credito. Conselhos que já é bem comum de ouvirmos.
Mas ele também dá outros conselhos pertinentes, para particulares e empresas, que podem consultar aqui: https://24.sapo.pt/economia/artigos/e-se-antonio-horta-osorio-gerisse-o-seu-dinheiro-tres-conselhos-de-quem-faz-contas-ao-futuro


Mas o ponto que eu queria destacar, nem era a questão dos conselhos que ele apresenta, mas sim a observação que ele fez de que estamos a presenciar uma mudança no modelo económico.

O que vocês acham sobre isso, estamos mesmo a viver uma era de mudança neste respeito ou não?

[l3pox]

alguns dizem pelos cantos mais sombrios da internet, que esse é o começo do fim
que vamos ver algumas moedas fiat morrendo em hiperinflação nos próximos anos e muito refinanciamento de dívidas feito por países...

[joker_josue]

Não é este o caso.

Agora, acho que todos nos sentimos, que a sociedade esta a chegar a um ponto, em que alguma mudança inesperada tem de surgir.
Claro que essas mudanças irão acabar por se sentir em países desenvolvidos, em relação aos outros, mas irão surgir certamente mudanças sociais e por sua vez economicas.

[bitmover]

alguns dizem pelos cantos mais sombrios da internet, que esse é o começo do fim
que vamos ver algumas moedas fiat morrendo em hiperinflação nos próximos anos e muito refinanciamento de dívidas feito por países...

Na hora que o preço das ações estão caindo, os juros subindo (então o preço dos títulos de divida tb estão caindo), as empresas fechando, desemprego aumentando, recessão chegando....

quase todo mundo esta perdendo dinheiro nesse momento. Ou seja, FUD (Fear Uncertainty Doubt).

Essa hora todo notícia é notícia ruim. E todo mundo morre de medo de tudo, e todas as  teorias mais mirabolantes sobre o fim da humanidade começam a surgir.

Nessas horas, vale a pena lembrar uma das máximas de warren bufffet:



Eu não acho que as fiats dos melhores países vão morrer (EUR, USD, etc). Podem ocorrer mudanças, mas daqui a alguns meses/anos vamos sair dessa. O mundo não será destruido pela inflação, nem pela guerra, nem por crise alimentar.

Essa é a hora de sermos corajosos, não medrosos. Pois todo mundo está com medo.

[joker_josue]

Eu não acho que as fiats dos melhores países vão morrer (EUR, USD, etc). Podem ocorrer mudanças, mas daqui a alguns meses/anos vamos sair dessa. O mundo não será destruido pela inflação, nem pela guerra, nem por crise alimentar.

Essa é a hora de sermos corajosos, não medrosos. Pois todo mundo está com medo.

Isso é verdade.

Mas, normalmente é nestes momentos de crise que a sociedade melhora a nível social e económica. Estes momentos, obrigam a que os governos façam mudanças mais "radicais" para a sociedade se manter a tona. E por sua vez as populações analisam o seu dia a dia e procuram melhora-lo. A combinação dos dois fatores, obriga que a sociedade se reajuste, e normalmente apresenta condições sociais melhores.

Claro que isso, acaba por sempre se sentir em primeiro lugar em países desenvolvidos, pois são os que estão mais dispostos a valorizar as questões sociais.

Daí eu não achar estranho, um dos melhores gestores do mundo, dizer que estamos a passar por uma mudança de paradigma nas questões económicas, e por sua vez nos proximos anos as pessoas serem mais reservados nos consumos.