Criptoações: primeiro mercado de ações tokenizadas do país prepara lançamento com taxa zero
Plataforma faz parte do sandbox regulatório da CVM e terá um horário diferente de negociação de ativos
Dez meses após a aprovação no sandbox regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o primeiro mercado organizado de ações tokenizadas do país está pronto para ser lançado.
Tocado pela fintech BEE4, o projeto replica a estrutura de uma bolsa de ações e focará em companhias que ainda não têm a robustez necessária para fazer um IPO (Oferta pública de ações) tradicional, mas que também não estão em estágio tão inicial.
“Desses [projetos do sandbox da CVM], eu diria que a BEE4 é a licença mais audaciosa, porque nós vamos negociar empresas de R$ 10 a R$ 300 milhões de faturamento por ano, podendo fazer ofertas públicas de até R$ 100 milhões”, explica Patricia Stille, CEO da BEE4, em entrevista ao InfoMoney.
Além da BEE4, a CVM aprovou em setembro de 2021 o mercado de tokens de crowdfunding da SMU, e a tokanizadora QR Vórtx, que emitiu debêntures e FIDCs tokenizados.
https://www.infomoney.com.br/mercados/criptoacoes-primeiro-mercado-de-acoes-tokenizadas-do-pais-prepara-lancamento-com-taxa-zero/Bem interessante isso.
Pelo que eu entendi, serão negociadas small caps, empresas que ainda não estão listadas na bolsa e que ainda nao conseguiram cumprir os requisitos básicos para fazer um IPO.
Será basicamente uma negociação de ações por meio de tokens.
Rodará na rede Quorum:
Nem cripto, nem B3
Assim como uma bolsa de valores, a plataforma da BEE4 terá uma dinâmica com combinações das ordens de compra e venda, book de ofertas aberto, pregão de negociação e leilão. Apesar disso, o sistema não é uma bolsa, mas sim um balcão organizado rodando em blockchain – no caso a rede Quorum, baseada em Ethereum (ETH) -, em que as empresas vão tokenizar suas ofertas públicas, como se fossem “criptoações”.
Além disso, tudo será autorizado pela CVM.
Agora eu vi bastante valor nisso.
A existência também da negociação de ativos de renda fixa, como debentures, vai tirar um monopólio absurdo que existe no Brasil das corretoras tradicionais. Elas cobram taxas abusivas para a pessoa física, que fica refém de grandes monopólios e não pode comprar diretamente os ativos de renda fixa no mercado secundario, precisando passar pelo intermédia da corretora.