Trabalhe brasileiro!! Precisamos de muitos impostos pra pagar coisas assim.
Concordo plenamente com sua indignação. Também não acho justo isso. A única diferença do caso que você apresentou, é que o Flávio Dino, sendo ministro do STF, também tem um plano de saúde vitalício pelo STF. Então, essa notícia é inócua. Ou seja, o plano dele pelo Congresso nunca será usado e cobrado.
Ao meu ver, pior é está situação, que realmente dá um tremendo prejuízo aos cofres públicos:
Congresso paga R$ 30 mi em pensões a filhas solteiras de ex-parlamentaresEstá parte da notícia é o que me causa mais indignação:
"Na relação de beneficiárias da Câmara está a filha de um ex-deputado por São Paulo, que morreu em 1974, após nove anos de atuação legislativa. Solteira no cadastro da Câmara, a pensionista Helena Hirata mora há 49 anos em Paris e recebe R$ 16.881,50 por mês. Filósofa e pesquisadora, ela atua num centro de pesquisa da capital francesa.
Ao Estado, a pesquisadora admitiu não depender da pensão e ter outras fontes de renda, inclusive como aposentada do centro de pesquisas francês. Disse, ainda, que o montante era automaticamente repassado à mãe dela. "Ela faleceu em 2016 e desde então a pensão fica na minha conta", afirmou Helena, de 73 anos."
Também é um valor expressivo.
Como funciona esse placar? É a soma de todos que cairam na malha fina no ultimo ano?
Como funciona a medição desse valor? Pois tentando acessar a página inicial do site para tentar entender recebi um erro 500. Será se sonegaram isso também?
A única coisa que é dita é:
"Isto é a média de quanto o Brasil está perdendo com a sonegação de impostos, de 01/01/2024 até 24/07/2024"
O mais puro "é isso ai, aceite". Aguardo esclarecimentos!
Vamos lá com a explicação:
E como se chega aos números do Sonegômetro?
Os valores expressos no Sonegômetro Brasil são o resultado de uma estimativa da evasão fiscal do Brasil, com base em estudos do Sinprofaz, realizados pela primeira vez em 05/06/2013, baseado em dados divulgados referentes ao exercício de 2011, e atualizados em 2015, com dados do exercício de 2014, adotando a mesma metodologia do estudo anterior.
A mensuração da sonegação fiscal possui literatura escassa em todo o mundo e, sobretudo, no Brasil. Os poucos estudos existentes abordam um tributo ou um pequeno grupo deles. Cada um desses estudos adota uma metodologia própria, de acordo com a disponibilidade de dados. A escassez de dados e a sua baixa confiabilidade estão entre os maiores desafios a serem enfrentados por aqueles que se propõem a estimar a evasão fiscal. A diversidade de regimes especiais de tributação e de benefícios fiscais torna ainda mais complexa a estimação.
O indicador percentual de evasão para o conjunto de tributos brasileiros foi encontrado a partir do cruzamento e ponderação dos dados da arrecadação dos tributos brasileiros com os indicadores de evasão encontrados em estudos do Sinprofaz, com dados de arrecadação do relatório de Análise da Arrecadação de Receitas Federais de 2014 publicado pela Receita Federal do Brasil (RFB) em dezembro de 2014, que representou 60% do total da carga tributária e ainda informações de outros órgãos, como os dados de arrecadação do FGTS informado pela Caixa Econômica Federal; do Salário Educação, informado pela Fundo Nacional de Desenvolvimento do Ensino – FNDE (Ministério da Educação); da arrecadação dos tributos estaduais, informado pelo boletim de arrecadação estaduais do CONFAZ (Ministério da Fazenda).
Já os indicadores de evasão por tipo de tributo, foram extraídos de outros estudos, nos termos da tabela a seguir:
Apesar de haver no Brasil algumas dezenas de tributos, o detalhamento acima demonstra que 89,1% do total estimado para a arrecadação tributária no ano de 2014 está identificado, enquanto os demais (linha “outros”) somaram apenas 10,9%. Devido a sua grande representatividade para o total dos tributos, apenas o primeiro conjunto de tributos foi utilizado para as estimações do trabalho.
O cruzamento dos indicadores dos estudos adotados no trabalho com o respectivo montante estimado de tributos resultou em um indicador estimado médio de evasão de 27,6% da arrecadação, que equivale a R$ 443,9 bilhões ou 8,6% do PIB de 2014.
Os números não tem a pretensão de esgotar o assunto e sim de fomentar a discussão sobre a justiça fiscal e sobre o ainda alarmante patamar de sonegação tributária no Brasil.
FonteAcredito que de para entender de onde vem esses números.