coisas óbvias como a necessidade de termos territórios livres de comunicação e o fato de que nossos inimigos, estejam do lado que estiverem, deveriam ter voz.
Sim, com toda a certeza. Tem que ter a liberdade de espalhar mentiras e todo tipo de fakenews. Como somos um país de "primeiríssimo mundo", onde a educação é um "ponto fortíssimo", o cidadão comum saberá discernir o que é verdade e o que é mentira. Mesmo que os mentirosos gastem milhões para transformar a verdade em mentira. Mas tudo bem. Tem que liberar geral.
Temos que colocar o poder de decidir o que é verdade ou não na mãos das nossas digníssimas autoridades, que por serem as mais caras do mundo então devem ser as melhores e mais honestas, não é mesmo?
A verdade só há uma. Cabe a cada um de nós verificar o que é e não é. Mas, fazer isso nem sempre é fácil, porque não temos acesso à toda a informação nem o conhecimento suficiente sobre algumas matérias.
Por outro lado, a melhor forma de mostrar que algo é facknews é por colocar o intermediário a provar aquilo que diz.
Imaginem este exemplo.
Numa sala de aula cheia de alunos, um deles levantar-se e diz que aquilo que o professor está a ensinar está errado. O que deve o professor fazer?
Para muitos a resposta é que o professor devia expulsar o aluno, e continuar a dar aula. Mas será que isso dá resposta a dúvida levanta e convence todos os presentes que o professor está certo e o aluno errado? Não.
Podemos dizer "mas o professor sabe mais que o aluno". Sim é verdade, mas o aluno colocou a semente da dúvida na cabeça de todos os presentes. Claro que nem todos os alunos irão questionar o conhecimento do professor.
Mas alguns, com base em algum argumento levantado, podem começar a questionar. E o que vai acontecer, é que no final daquela aula, esses que ficaram com dúvidas vão falar com o aluno que foi expulso. Esse vai começar a desenvolver a sua tese, e usar o argumento "o professor sabia que eu tinha razão e por isso expolsou-me", o que dá ainda mais peso a sua teoria.
Então o que é que o professor tinha de fazer?
Em vez de o explosar, tinha de pedir ao aluno para explicar a sua ideia, se modo a todos ouvirem e ver a sua explicação. O aluno não seria capaz e iria falhar. Nesse momento o professor já podia expulsar o aluno, pois foi provado que ele estava errado. E todos viram que o professor tinha razão.