Acredito que a população aceite mais compras de ouro (muitos até devem acreditar que ele dá lastro à sua moeda) do que Bitcoin.. por isso só El Salvador tem uma estratégia bem definida.
Acho que isso é uma questão geracional. Hoje, ainda tens os avos ou os pais a comprar ouro para oferecer aos netos/filhos, porque foi isso que ensinavam que teria valor no futuro. Mas, as gerações mais novos, diria os que nasceram já no século XXI, já não estão a ter esse tipo de relação com o ouro como tinham os seus pais ou avos. Por isso, os Estados começarem a comprar outro tipo de ativo para reserva, acaba por ser meio que indiferente, desde que o bem adquirido seja de valor.
1. Não tivesse uma volatilidade tão grande... já estamos muito melhor que a anos atrás, mas ainda assim, qualquer coisa que oscila para mais de 10% ao ano ainda é visto como algo ariscado demais para cumprir o papel de reserva estável de valor.
Concordo que esse será o principal elemento que tem de mudar, face ao que temos hoje. O artigo fala que o ideal é não oscilar mais do que 5%.
De facto faz sentido, porque se queremos que seja o elemento de base, ele não pode ficar as oscilar mais do que as economias que o usam como base. Tem que ser um porto seguro, não um porto inseguro.
Eu ainda vejo outro problema, talvez mais difícil de resolver, a concentração do bitcoin - os seus detentores. Enquanto o ouro naturalmente esta quase todo concentrado nos Estados, o Bitcoin esta concentrado em indivíduos ou empresas. Quem detiver a maior quantidade do ativo que é usado como base, fica com mais poder/influencia sobre ele. Isso pode ser complicado de gerir por parte do Estado.