Interessante fosso artigo. Agora vamos a um artigo que faz contraponto a este último que você colocou:
"Eduardo Moreira explica o papel das estatais: “gerar qualidade de vida à população”
Segundo ele, o primeiro ponto é que “déficit não é prejuízo”, e que R$ 3 bilhões não são uma quantia exorbitante assim, quando comparada aos R$ 700 bilhões de juros da dívida que o governo paga por ano aos investimentos feitos pela “Faria Lima”.
“Déficit não é prejuízo. Déficit é quando você gasta mais do que recebe de receita só que várias estatais recebem aporte do governo para fazer investimentos”, disse.
Além disso, ele explicou que as estatais não existem para “dar lucro”. “Empresa estatal existe para oferecer para a população um serviço ou até um produto que a população precisa para poder ter qualidade de vida. Não pode maximizar o lucro em vez de maximizar a dignidade das pessoas, e a oferta de serviço público à população faz isso”, disse.
Como exemplo, ele explicou os serviços de água e esgoto e de energia elétrica, que são recursos necessários para garantir a qualidade de vida da população e por isso “muitos países de primeiro mundo estão reestatizando esses serviços” para garantir a qualidade.
Superávit fake
As estatais só conseguiram superávits devido a aportes de governos anteriores, como o de Temer, que injetou R$ 5 bilhões em 2018, e o de Bolsonaro, que destinou R$ 10 bilhões em 2019, resultando em superávit de R$ 14 bilhões.
Em 2023, como não foram feitos mais aportes nesse sentido, essas empresas voltaram a registrar déficit.
Os resultados não incluem Petrobras, Eletrobras e bancos públicos. Além disso, a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) permite que o governo abata do cálculo do déficit os gastos com investimentos previstos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Entre as explicações para o déficit, o Ministério da Gestão e Inovação disse que parte expressiva do rombo corresponde a investimentos planejados. “Essas estatais não dependem de recursos do Tesouro para despesas de custeio, como salários e contas, e não impactam diretamente o equilíbrio fiscal. Em alguns anos, recursos são aportados para projetos específicos, e esses investimentos podem gerar déficits nos anos seguintes”.
Disse ainda que investimentos não foram feitos nos aportes entre 2018-2021, que acabaram se transformando em superávits elevados e ficaram guardados no caixa das empresas
Por exemplo, a Emgepron recebeu aportes de R$ 2,7 bilhões em 2018 e R$ 7,5 bilhões em 2019 para construir fragatas para a Marinha. Em 2024, a empresa investiu R$ 1 bilhão no programa, sendo contabilizado como déficit."
Aqui o link com a materia completa: 
https://iclnoticias.com.br/economia/estatais-deficit-eduardo-moreiraObs*: Eduardo Moreira foi banqueiro. Conhece muito bem a Faria Lima.