Acho que não é isso. Mas, sim a tentativa de conseguir o melhor negocio.
Por exemplo, imagina que existe um acordo em que o Brasil compra toda a energia excedente por 1 cêntimo kw. Mas, se o Paraguai conseguir com que exista mais consumo interno, reduzindo esse excedente, recebendo 5 cêntimos kw em vez de 1, vai preferir. Nem se é preciso ser um grande gestor para se perceber isto.
Você mencionou um ponto bastante importante: "ser um grande gestor".
O custo da energia não é apenas aquilo que ela vale para ser produzida, mas também o que é preciso para distribuí-la... gastos com infraestrutura (postes, cabos, manutenção preventiva, um monte de aparelhagem e o custo necessário de investimento só para multiplicar o potencial de consumo do Paraguay.
Será que uma diferença de 4 cêntimos kw seria mais viável para o Paraguay do que apenas vender essa energia para o Brasil?
Mesmo que fossem revendar para seus países vizinhos, o custo de levar a energia até lá seria muito maior do que vender para o Brasil.
Enfim... não é a conta não se fecha apenas calculando a diferença entre o valor oferecido pelo Brasil e seus vizinhos ou pro mercado interno, tem muito mais gastos envolvidos nesse processo.