Isso pode ser verdade agora, mas esse é o caminho que culmina para uma caça às bruxas da privacidade. Você envia para “você mesmo” (i.e uma Electrum da vida) e depois pode fazer o que quiser, mas quem vai aceitar o seu pagamento vai precisar solicitar as suas informações para poder declarar a sua exchange de onde as moedas vieram.
Depois vão buscar implementar regras nas próprias carteiras a fim de obter uma cadeia completa de informações de cada contraparte. Usa uma carteira open source que não compactua com essas regras? Chega uma hora que você não pode mover essas moedas pois cada recebedor a faz com o intuito de poder vender essas moedas depois.
Pode não concordar. Mas se você for ao banco depositar uns bons milhares de notas, é obrigatório informar a origem do dinheiro.
Ou seja, na pratica o que é pretendido, é que as exchange trabalhem quase na mesma forma que a Banca. E se pensarmos bem, até faz sentido, pois podíamos estar a falar de concorrência desleal.
Agora, se as regras vão ser quase as mesmas, eles também deviam obrigar a existência de um fundo, para o caso das exchanges irem a falência, poderem recompensar os clientes até determinados valores, mas acho isso mais difícil.
Por exemplo, em Portugal, alegadamente todos os depósitos acima dos 500€ devem ser declarados a sua origem, mesmo que seja um presente dos pais. Acho uma lei estupida, apesar da entender. O que a malta faz, quando recebe presentes de 1000€... e fazer depósitos em três ou quatro depósitos.
Acho que a malta se vai adaptar a essas questões. Claro que irá deixar de ser tão fácil, como agora. Mas eles querem que deixe de ser fácil para desmotivar a lavagem de dinheiro, apesar de isso na realidade só afetar normalmente o cidadão comum.