Uma maneira de tentar prever algo assim pode ser avaliando os responsáveis pelo projeto economico do candidado. Os principais já definiram quem está cuidando dessa questões:
Bolsonaro = Muito provavelmente Paulo Guedes Paulo Guedes é economista com Ph.D pela Universidade de Chicago, EUA. É fundador e sócio majoritário do grupo financeiro BR Investimentos e um dos quatro fundadores do Banco Pactual. Assina colunas no jornal “O Globo” e na revista “Época”. Foi professor de macroeconomia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) no Rio de Janeiro. Ex-CEO e sócio majoritário do Ibmec. Suas áreas de atuação são: o mercado de capitais e gestão de recursos.
Os artigos que ele escreveu para Revista Época podem ser encontrados
aqui Ele é a favor de privatizar tudo, incluindo correios e Petrobrás. Diminuir os custos etc. Bem provavel que o
dolar cairia. E se manteria num patamar continuo. Mas o posicionamento dele é um tanto diferente do que parece ser a ideia do Bolsonaro.
Pt/ Lula = Marcio PochmannPossui graduação em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul(1984) e doutorado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas(1993). Professor Livre Docente da Unicamp.
Pode ser considerado o oposto do Paulo Guedes. Adota uma linha de pensamento economico que alguns chamam de Heterodoxico. Não acredita em cortes de despesas, nem numa necessidade de uma urgência na reforma da previdencia.
É bem provavel que o
dolar suba e que o governo atue forte para segura-lo
Alckimin = Pérsio Arida Estudioso da inflação brasileira, foi um dos idealizadores do Plano Real. Presidiu o BNDES (1993-1994) e o Banco Central do Brasil. Graduado pela Universidade de São Paulo (1975) e doutor pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) (1992), deu aulas na USP e na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Foi pesquisador do Institute for Advanced Studies, em Princeton, New Jersey, do Centre for Brazilian Studies (Universidade de Oxford) e da Smithsonian Institution, em Washington, D.C.
Pensamento economico mainstream. Acredita no governo atuando no cambio utilizando os instrumentos do mercado.
Acredito que cairia.
Ciro = Mauro Benevides Filho ou Mangabeira Unger Formado em Economia pela Universidade de Brasília, com doutorado pela Universidade Vanderbilt. Trabalhou no Banco BMC e é professor concursado da Universidade Federal do Ceará.
É o unico que também é politico. Nesta matéria da
época tem mais detalhes de como ele pensa. Tem um pensamento heterodoxo. Acredita que um dolar alto não é ruim, que inflação um pouco mais alta também não é tão ruim. E que o governo pode e deve sempre estimular a economia.
Tanto ele, quanto o Ciro sugeriram que o dolar acima de R$ 4,oo não é ruim. Então acredito que eles desejariam uma
desvalorização do Real.
Marina Silva = Giannetti Eduardo Giannetti é um economista brasileiro, formado na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) ambas da Universidade de São Paulo. Doutorado em economia pela Universidade de Cambridge, onde foi professor entre 1984 e 1987 e de 1988 a 2001. Lecionou na FEA/USP. Atualmente é professor integral no Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), conhecido anteriormente como Ibmec São Paulo.
Pensamento economico mainstream. Os artigos dele na folha podem ser lidos neste
Link. Tem essa
entrevista no Estadão recente dele. Onde comenta sobre a necessidade de reformas e melhor alocação dos recursos.
Acho que o
dolar cairia um pouco do patamar atual e se manteria sem aumentar muito.
Nenhum deles declara ter como grande objetivo desvalorizar o Real. O Ciro indica que poderia até desejar algo assim, mas não parece ter isso como objetivo. Então me parece que a maioria trabalhará para ter o Dolar em patamares menores que o atual. Mas ai entraria a capacidade de promover as reformas para tanto.
Acredito que o dolar ainda subirá bastante antes das eleições. Ele está sendo fortalecido e desejado internacionalmente e penso que isso está influenciando também no preço atual do Bitcoin. Além disso, o governo está um pouco atrapalhado com a questão das greves, podem surgir outras. Estados e cidades podem entrar numa espécie de Blackout sem dinheiro para despesas correntes. Até a eleição eu estou apostando alto na desvalorização do Real.